19 de Julho – O Regresso...

Começamos o dia bem cedinho, mas não cedo o suficiente, uma vez que perdi o 1º avião… :) (reincidente)

Mais uma vez perdi o avião, paguei excesso de peso (oops!) e perdi 1 mala… fora mais algumas peripécias pelo meio…Por favor da próxima vez coloquem-me 1 carimbo na testa ou ponham-me 1 pulseirinha e reencaminhem-me para Portugal… mesmo com pagamento no destino…:)

Obrigada Catarina, por manteres a calma por mim e pelo apoio moral! :)

A chegada…

Palavras para quê??? :)

Blanko Beach Party (18 Julho 2009 )

Aniversário para uns…despedida para outros!

Esta festa marca o fim de uma etapa… Novas etapas se seguirão nas nossas vidas… espero que os nossos caminhos se voltem a cruzar! :)

Muita sorte a todos!

Momentos para recordar...

Tapinha para vocês!;)

http://www.youtube.com/watch?v=QfNa6diYihk

24 Julho 2009 – Monastir…um olhar à distância…

6 meses de uma vida resumidos em poucos slides… À distância Monastir tem outras cores…Não é saudade, nem mesmo nostalgia… talvez um dia o será, mas tenho de me esquecer das coisas menos boas e o choque cultural (mais mental!) vivido em certos momentos do dia-a-dia.

Se voltarei? Talvez um dia, como respondi durante os últimos dias a muitos curiosos que me questionavam. Mas não será em breve, isso eu sei!

Não digo até nunca, pois é medida que não existe, mas sim um até sempre, ou mesmo um “até breve”, nem que este “breve” seja tardio.

Festival International de Musique Symphonique d’El Jem – 11 Julho

Com a chegada do Verão, também aqui a oferta cultural se diversifica. Temos muito mais o que visitar e eventos onde ir…

Foi o 2º fim-de-semana do Festival International de Musique Symphonique d’El Jem. Infelizmente não deu para ir ao primeiro, que deve ter sido qualquer coisa, uma vez que era a abertura e os bilhetes esgotaram… mas este deixou-me surpreendida, não só pelo facto de decorrer dentro do coliseu, mas também porque a qualidade superou as expectativas!

Na noite deste sábado a orquestra vinha de Itália e como convidada havia uma tunisina, "Yasmine" , que tocava violino. Claro que sempre que a "Yasmine" entrava em palco as paredes do coliseu quase tremiam (exagero...só 1 bocadinho...:) ), não sei se pelo vestido decotado em corte de sereia, com tons de azul marinho e azul turquesa...ou se verdadeiramente pelos dotes musicais da "piquena"!:) Eu acho que ambas as coisas ligavam bem... :)

Deixo-vos um dos momentos mais bonitos do espectáculo no coliseu d’El Jem (mas sem "Yasmine"!).

Obrigada Ana! Adorei!

Muito bonito!

(Digam lá se não se sentem invadidos por este momento cultural?! :) )

Convites que não se devem recusar! (07 Julho)

Na Tunísia, quando nos convidam para ir a sua casa, significa que já demos um grande passo na consideração e confiança da pessoa . Tanto que já estamos aptos a conviver com os seus e a viver as suas tradições…

Tal como os presentes e comida que nos oferecem, ficam tristes e levam a mal se recusamos…

E depois de um convite tão simpático, efusivo e em cima da hora…como reagir?!

Fui apanhada de surpresa, quando o Sr. Raouf me convidou para dali a 40 minutos me ir buscar a casa para festejar com os seus familiares a circuncisão de um dos seus sobrinhos pequenos.

Num curto espaço de tempo veio-me tudo à cabeça, as histórias de um só prato para 12 pessoas, 1 só copo, e mais a multidão (porque aparentemente insignificante, a festa da circuncisão é um momento muito importante na vida de um muçulmano, que reúne toda a família e mais não sei quantos amigos e conhecidos) de gente que não conhecia.

Ainda demorei a dar minha confirmação para a festa, fazendo várias perguntas, como era a tradição, o que implicava, mas ao fim de 5 minutos já era demasiado tempo…sorri e perante tanta expectativa…. Aceitei! Foi inevitável, pois senti que era importante para o Sr. Rouf e ele fazia muita questão, mesmo!

A festa:

Uma pequena multidão…homens, mulheres e crianças... muitas crianças… Acho que nunca vi família tão grande, tendo em consideração que o Sr. Raouf só me falava em primos, primas, sobrinhas (os)….

Não é preciso grandes requintes para se fazer a festa, que começa por um passeio de “caleche” para menino circuncidado e alguns familiares (penso que as duas senhoras de idade seriam avós e alguns dos priminhos pequenos) e o resto da multidão á frente, atrás e por todos os lados a dançar, a cantar, a conversar ou simplesmente a curtir o momento…

Faz-se um pequeno tour pelos quarteirões mais próximos da pequena aldeia, soam os “jambés”, os “Bendir(es?)” (obrigada Joaninha, se não fosses tu nunca saberia o nome daquilo, agora só tens de me ensinar o plural!:)), o clarinete (espécie de) em madeira, muito típico por cá e as ladaínhas imperceptíveis para quem não entende nada de árabe. Mas é alegre!
Normalmente as pessoas, têm um rosto triste e bastante carregado, mas nas festas…são uns verdadeiros “festivaleiros”, como diria alguém que conheço! :)

As “Madames” e “gazelles”, vão com os seus trajes mais bonito e algumas de salto alto e bem fininho, tatuadas nas mãos e nos pés. Os homens…bem, passemos à frente as bermudas e os chinelos de meter o dedo!:)

A festa prolonga-se até bem tarde, mas acabei por ficar pelo cuzcuz extra picante de “mouton”, o qual o Sr. Raouf fez o favor de tirar do meu prato.

Nota: Aqui a colher é o talher mais importante… Há mesmo restaurantes que só trazem garfos e facas quando solicitado (e por vezes demoram a trazer, ou fazem-se de esquecidos, porque não percebem para que os queremos:)).

Não quis fazer feio por isso fui , mas também não faria muito sentido ficar para além do jantar, uma vez que seria um serão ao ar livre de conversas em tunisino.

Depois de muitos cortes e de ter comprimido ao máximo o ficheiro, ficam aqui alguns retalhos desta festividade!:)

07 de Julho: Hena Tatoo (“Hena Harkouss”)

Para afastar o mau olhado, para atrair a sorte, ou apenas para celebrar ocasiões de festa (casamentos, noivados, baptizados), as tatuagens de henna estão entranhadas não apenas na pele, mas também na cultura.

Símbolo de feminilidade e vaidade, “é tradicional” dizem-me quando pergunto, mas não sabem exactamente a proveniência *. Na minha pequena pesquisa obtive algumas respostas interessantes, embora a amostra seja pouco ou nada significativa da população tunisina (3 pessoas), mas para o qual não seriam necessárias mais, uma vez que basta dar um passeio pelas ruas para constatar que “las hay, las hay”! E agora no Verão em que há um casamento todas as noites e mais umas não sei quantas festas, é obrigatório... :)

(Algumas respostas)

“É bonito e com um odor agradável” (a mim cheira-me a fósforo queimado depois de metido em água :) )

“É tradicional!”

“Quando estava grávida fiz muitas vezes, pois o cheiro fazia-me sentir bem”

“Porque é bonito e porque gosto”

“É bonito!”

Obviamente que se fossemos fazer um gráfico de respostas, o “é bonito” teria uma percentagem significativa.

Com duração variável de acordo com a qualidade da hena; podem durar entre uma a três semanas.

Como interessada nesta cultura, obviamente que já experimentei, e admito que já fui tatuada com henna de 2 e 5 estrelas! :)

Por 3DT faz-se uma tatuagem bem gira, excepto os verdadeiros turistas, q normalmente são muito bem “aproveitadinhos” e pagam mais um bocadinho … :)

Mas a Hena tradicional, usada pelas mulheres mais velhas, ou mesmo nas festividades, não são iguais aos desenhos florais que os turistas procuram. As tradicionais e feitas em casa pelas mulheres tunisinas traduzem-se muitas vezes em solas dos pés completamente pretas ou castanho/avermelhadas e unhas e pontas dos dedos avermelhadas.

Dependendo do sentido de estética e mesmo a forma como estão desenhadas podem representar autênticas obras de arte ou para quem não está habituado (eu no início) apenas sujidade visual.

Deixo aqui algumas fotos da minha experiência pessoal (de amadora e “turista” residente) e de uma pessoa local, porque apesar de eu achar que nela ficava bonito e se enquadrava no contexto, eu não seria capaz de o fazer. Foi por achar exótico e perfeitamente enquadrado (“C’est três joli” !;) ) que decidi colocar este post….

(Acho que dá para perceber quem é amador e quem já tem muitos anos de hena!!! ;)


*Breve nota histórica:
Tendo registos históricos que datam de há 5000 anos atrás, na época dos faraós, esteve sempre associada a superstições. Pensa-se que tenha sido difundida posteriormente para a Índia e países do Norte de África.

21 de Junho - Domingo de despedidas...

21 de Junho... Foi o último dia de férias do Marco e também o último dia dele em Monastir e na Tunísia. Foi um dia tranquilo e para que as coisas boas prevaleçam fizemos um pequeno tour pelo centro da cidade de Monastir e pela marina. Almoçamos no restaurante “El Alhambra”, pois estávamos já com saudades de um bom “spaghetti au fruit de mer” e vegetamos um pouco na esplanada do “surfing café”, mesmo em frente ao mar, na companhia da Najoua e do Mehdi.

Foi um dia duro, não apenas pelo ar rarefeito do calor, mas também porque era um dia de arrumar malas e partir.

Ao ver agora toda a gente a partir e certa que até voltar não terei mais visitas, fica um vazio e uma enorme vontade de fazer malas e partir, quanto mais não seja só para matar saudades! :)

Até breve!

20 de Junho - Bizerte

No penúltimo dia do Marco por cá começamos o dia por ir à praia, o sol às 10h30 da manhã escaldava e a areia fazia doer os pés de tão quente que estava. Por estarmos no hotel tivemos direito a uma sombrinha debaixo de um chapelinho de palha e a duas “espreguiçadeiras”. Ainda aproveitamos cerca de uma horinha, o que permitiu um boa “refrescadela” no mar e assistir à chegada de um passeio de camelo, mas visto que deveríamos fazer o check out do “El Mouradi” até às 12h…ficamo-nos por ali.

El Mouradi - Gammarth: obviamente que referir e frisar bem o nome do hotel tem um propósito…

Na noite anterior, ao fazer o check-in no hotel verificamos que estava 10 DT mais caro que na semana anterior…O que nos fez pensar seriamente se fincávamos pé contra a mudança de preços a seu bel-prazer ou não… Visto que já tínhamos ficado no hotel mais 2 vezes demos o benefício da dúvida embora que um pouco contrafeitos…

Chegados ao quarto deparamo-nos com algo que já me tinha sido mencionado por outras pessoas que já tinham por lá passado também... tampa do dito “toilette” suja e alcatifa do quarto imunda.

Como seria de esperar foi solicitada uma solução, ou mandar alguém para limpar quarto, ou mudarem-nos de quarto. Optaram pela 2ª opção, mas deram-nos uma boa seca, porque cá vive-se na insolência total e cliente nem um pedido de desculpa merece.

Visto que íamos levar uma amiga ao aeroporto, só regressamos ao hotel por volta das 02h10 a.m. – surpresa das surpresas, não havia água quente. Sendo confrontados com este facto, pediram-nos para deixar correr as águas da torneira até que viesse água quente e que entretanto enviariam o técnico. O técnico nada fez quando lá chegou, cerca de 30 minutos depois da reclamação e ainda teve a lata de nos pedir para deixar água correr mais 10 minutos.

"Fulos", cansados e já a “soltar fogo pelas ventas” prometemos uma reclamação no dia seguinte. Como aliás fizemos antes de fazer o check out. Sabemos que aqui não adianta de nada, mas pelo menos pode ser que se pessoas começarem a reclamar, os próximos clientes, (que não seremos nós com toda a certeza) tenham um serviço melhor.

O Hotel “El Mouradi” é considerado de 5 estrelas, e fazem-se pagar pelas estrelas, mas a verdade que a única coisa a que nós realmente lhes tiramos o chapéu é o pequeno-almoço, pois em termos de higiene e serviço deixou a desejar e não justifica preços cobrados.

Depois de termos descarregado nossa indignação numa página inteira de um livro de supostas reclamações partimos rumo a Norte, para visitar Bizerte. Cidade costeira, bastante elogiada por sinal…

Bizerte resume-se a belas praias, paisagens naturais lindíssimas com muito verde e mar de vários tons de azul e muitos “mountons”!:)

13 e 14 de Junho – Férias para uns…descanso apenas para outros…

De 11 a 21 de Junho tive visitas por cá, portanto já que durante a semana não dava…o fim-de-semana é “sagrado”… Passear e aproveitar foram as palavras de ordem.

13 e 14 de Junho: Ilhas Kerkenna

A 75 minutos de ferry (que mais parecia tartaruga) da costa de Sfax, encontram-se as quase “virgens” Ilhas Kerkenna.

Pacíficas, solitárias, quase desabitadas (das 7 ilhas que compõem o arquipélago só 2 são habitadas) Kerkenna é um conjunto de ilhas, onde os poucos habitantes que lá existem vivem da pesca.

Visto não se encontrar dentro da rota turística, as aldeias existentes são muito pobres, as casas dos locais que vivem da pesca muito humildes e algumas bastantes degradadas.
Existem alguns hotéis, mas todos eles pequenos e no máximo com 2 ou 3 estrelas. O que significa que as condições não são grande coisa.

Mas nem o facto de não haver nada para visitar nos dissuadiu…estávamos empenhados (uns mais que outros…:)) em comer o peixe fresco e nos deliciarmos com um bom banho nas àguas mornas do mediterrâneo.

Kerkenna: Já mencionada num post anterior, é conhecida pela pesca do polvo em potes de barro presos por uma corda (o polvo entra nos potes por se sentir seguro, mas quando se apercebe já é tarde demais e não consegue sair). O peixe embora não pareça ser muito variado é bastante fresco e tem um prateado límpido de meter inveja!

As areias das praias são brancas e as águas pouco profundas…temos de andar km até não ter pé. O fundo do mar é lodoso e existem muitos cardumes de peixes pequeninos junto à costa. As águas são claras e têm 3 tons.

À noite um jantar à beira mar ao ritmo do folclore típico e uma aragem fresca que faz arrepiar, mas que não é verdadeiramente de frio…

O pequeno almoço é farto, embora sem o requinte dos hotéis dos grandes centros turísticos (leite, café, pão fresco - tipo regueifa/rosca -,bolo, iogurte, ovo, manteiga; sumo e água). Toalha de mesa não existe e a primeira refeição do dia é tomada ao ar livre. Agradável até pela sua simplicidade...


Durante o dia, o sol é impiedoso, não corre ponta de vento… não se vê muita gente de fora, pois como referi, não é ponto turístico…


Para descontrair e com um grupo passa-se bem o tempo… até se passa bem e depressa demais! :)

10, 11 e 12 de Junho – Texmed 2009 Eu FUI! :)

Texmed: Feira internacional de indústria têxtil que se realiza todos os anos no centro de exposições do “Kram”- Tunis.

Esta feira reúne todas as áreas de negócio relacionadas com o sector têxtil (desde fabricantes de tecidos, linhas, acessórios, designers e modelistas, grupos de compra, grandes armazéns, importadores e distribuidores e mais um sem número de outras actividades) e é também um ponto de encontro entre oferta e procura.

Este ano realizou-se a 10ª edição e a Scoop esteve lá!

Bem, mas isto dito assim até parece uma daquelas grandes feiras europeias… :)

A realidade é que poderia muito bem ser, pois é muito interessante e atrai investidores dos diversos países (principalmente Europa), o problema… bem os problemas são outros…

Os nossos “problemas” começaram muito antes da feira… :) Stand, brochuras, flyers, capas, cartões de visita foi um bico de obra, mas creio que depois de algumas peripécias ficou claro que nas próximas edições o ideal é mandar fazer fora todos os suportes e brindes de apoio à imagem… Queiram ler nas entrelinhas, pois não me posso alargar muito mais. Deixo apenas um exemplo que não está relacionado com a feira, mas pode ajudar a elucidar…

Exemplo: Cartões de agradecimento a clientes (muito utilizado no sector…), foi definido o pretendido e apresentado ao responsável da gráfica.

Pretendido à partida: 1/3 de página A4, com logo da empresa no canto superior esquerdo e morada em rodapé (dificuldades, há?).

Proposta apresentada: O pretendido + umas “lindas” cornucópias ao longo do canto superior e inferior direito (lá acharam que ficava demasiado vazio, qui ça?). Bem sendo os nossos clientes europeus ou americanos…questiono-me…que pensariam eles ao receber um cartão de agradecimento tão deliciosamente pindérico e foleiro?! Eu sei…parece 1 exagero da minha parte, mas visto…acreditem que é algo aterrador! :)

Poderia continuar pelo restante sentido de estética que abunda por aqui, mas estaria a passar-vos 1 péssima imagem do bom gosto tunisino, portanto ficamos por aqui.

Outro senão da feira, foi o facto da comida ser muito limitada (sandes de salame e harissa+azeitonas e self-service muito fraquinho), não deu para toda a gente e o papel das casas de banho pagava-se aos 100milimes cada duas folhinhas... lol Não dava para excessos! :)

Outra situação menos positiva é o preço dos bilhetes…embora a maior parte das pessoas entre na feira como convidado, quem tem de pagar, paga apenas 2 DT pelo bilhete. Ora além de ser desprestigiante, faz com que não haja grandes condições.

Só para terem um ponto de comparação… o bilhete de um dia para uma feira na Alemanha (por exemplo em Dusseldorfe) custa em média 100€. 2DT= 1,10€ (aprox.) - Tirem conclusões… (pelo preço do bilhete até que não era mau de todo, não…)

As semanas que antecederam a feira foram de incerteza, stress e houve mesmo momentos de angústia, mas como todo o bom português…lá nos safamos (última hora, sufoco ou remedeios, estivemos lá! A prova está nas fotos - ver mais abaixo)

Foi a primeira vez que participei numa feira do lado de lá, ou seja, como expositor! Adorei, embora se fosse participar de novo e tivesse poder de decisão faria tudo de forma diferente… :)

Do lado de lá (expositor) apercebemo-nos de coisas que por vezes fazemos e nem damos conta do quão feio e ridículo é! :) Ir ao stand só para pedir canetinha, provar biscoitinho, tomar cafezinho (estas duas últimas não aconteceram connosco, mas existiram!) dá mesmo mau aspecto e em muitos casos denota uma total falta de interesse pela empresa e mesmo produtos comercializados (isto porque muitos só queriam mesmo a esferográfica, que diga-se de passagem é bem gira!:))

O mais interessante e que realmente me faz gostar muito destes eventos é que se mete conversa com muita gente (alguma interessante, outra menos um bocadinho… :)), fica-se com muitos contactos, ganha-se traquejo, pratica-se as línguas (nem que dê 1 grande “salgalhada”) e as pessoas procuram-nos, não estamos ali a impingir…é o cliente, fornecedor, potencial parceiro ou curioso que se interessa e nos procura!

Não deu para assistir às conferências (pois quando nos dávamos conta ou já tinham começado ou já estavam a terminar! :( ), mas no penúltimo dia ainda assisti a 1 desfile de moda!:) Foi muito giro e foi primeira vez que assisti a 1 desfile de marcas a sério!:) Senti-me 1 pouco “jet”, mas também tipo parolinha acabada de chegar da aldeia! :) “Era um mundo novo…!” :)

Como tive participação activa, senti-me um pouco vaidosa por participar, e agradecida por estar lá! :)

Texmed 2009, eu FUI! :)

Dias 01, 02 e 03 de Maio – Contacteando pelo Sahara!:)

Foi super cansativo, mas…valeu a pena!

Diria até que valeu bem cada grão de areia que trouxemos nas roupas e sapatos!:)

Palavras para quê? Dizem que há gestos que valem mais que mil palavras…

As imagens falam por si! ;)

6 "tugas" à descoberta do Sul da Tunísia com um grupo de 57 tunisinos… ;)
Não fossem os tunisinos um povo extremamente curioso….não estaríamos nós nas luzes da ribalta estes 3 dias..:)

Foi excelente e foram super atenciosos para connosco... excepto quando nos deram uma seca de quase 2horas para ir comer e andar de moto 4!:) Mas ninguém é perfeito e as regras e horários existem mesmo para serem desrespeitadas, não?!...:) (Alguém me vai matar!!!:) )

03/05/09 - Dia da mãe....

Eu sei que ainda faltam 4 dias…mas visto que nesse dia vou estar na viagem de regresso do deserto…deixo aqui um presentinho para uma pessoa muito importante, a mais importante!:) Para a minha mãe Maria Venusina!





(Não tinha fotos aqui no PC..lol..não, não é narcisimo

como diria alguém que conheço!;)

O poema é simbólico, mas faz parte da prendinha…não que esteja particularmente relacionado com este dia em especial, mas apenas porque sim! Porque gostei e tenho um fraquinho especial por “Vinícius de Moraes”.

O VELHO E A FLOR

"Por céus e mares eu andei,

Vi um poeta e vi um rei

Na esperança de saber

O que é o amor.


Ninguém sabia me dizer,

Eu já queria até morrer

Quando um velhinho

Com uma flor assim falou:

O amor é o carinho,

É o espinho que não se vê em cada flor.

É a vida quando

Chega sangrando aberta em pétalas de amor.”

E assim é o amoR!:)

Beijinhos e até breve!

27/04/09 - Compilações;)

“Chave dos sonhos na mão Entrarei em qualquer fechadura P´ra lá da porta, o melhor É sempre da aventura...”

Compilação das bonitas portas da Tunísia. As azuis são características de Sidi Bou Said, mas encontram-se um pouco por toda a Tunísia.

Dias 17, 18 e 19 de Abril: Reviver Hamammet e Sidi Bou Said

Ainda se lembram de Hammamet/Yasmine Hammamet?! Não???!

Não faz mal...eu faço questão de lhes recordar!:) Relax, boa praia e lindas paisagens!Querem mais?Ver fotos em "aneXo"! ;) A diferença desta vez foi mesmo estar sol...muito sol...humm...mesmo bom para passear, tirar umas fotos catitas e...enfim...sei lá..tanto para fazer e tão pouco tempo...:)

Ainda não estão convencidoS? Pode ser que fotos mais abaixo dêem uma ajuda!:p

(Um doce para quem descobrir tema da foto!:p)

O Marco depois das férias todas, finalmente lá conseguiu provar os “cacauettes”! Vejam só o arzinho guloso! :)

No dia 19 pela manhã ainda deu para visitar a Grande Mesquita de Cartago e os lindos jardins que ficam mesmo em frente do outro lado da rua. Aqui por momentos esquecemo-nos que estamos na Tunísia…as ruas bem alcatroadas, sem buracos ou terra batida e os jardins cheios de roseiras estão muito bem cuidados… Era possível “escutar” o silêncio, o chilrear dos pássaros e sentir o aroma fresco das flores. Aqui mais uma vez fui abordada, mas pela polícia por parecer tunisina. Mas na verdade foi só uma desculpa para os dois prestáveis polícias meterem conversa, pois numa manhã de domingo, lá no cimo não se passa nada e quase não há movimento.

Sidi Bu Said…tal como já adivinhava… com sol é EXTRA LINDO!

(Se sair euromilhões...este carro é meU!:) )

Almoço com meninos do BAD e a menina da AICEP ;), no quase mítico “Tam-Tam” :) e para rematar um fim-de-semana de descanso, chichas e cházinhos… 1 chá de menta bem forte no “Café de Nattes”.

Dia 11 e 12/04 - Sousse/Kairouan

Dia 11 e 12 de Abril: Nada a destacar, apenas visita à Medina de Sousse, que pessoalmente não me apaixonou, uma vez que aqui vendedores são particularmente mais persistentes (e até mesmo desagradáveis) que nos outros sítios que já tive oportunidade de visitar! Ali os vendedores são “especiais”, como diria o Sr. Moez (um Sr. que faz serviços de transporte, táxi. de longa distância). Eles falam alto, eles puxam-nos… não nos deixam andar, pois metem-se na nossa frente! Ufa! Mas como digo, eu pessoalmente não fiquei apaixonada, mas a Medina em si até é interessante.

Visitamos Kairouan, pois na ida ao deserto não deu para nada. Fomos ao “Barouta” ver camelo fazer girar roda do poço, mas desta vez, ao contrário da primeira que lá fui não estava quase ninguém, o pobre animal praticamente só girou para nós e no final a água para garantir que lá voltamos.

Domingo(12/04) os planos eram Sfax e as ilhas Kerkenna (ilhas onde se apanha o polvo em potes de barro com cordas atadas), mas S. Pedro estava impiedoso e não havia travessias de barco. Ficamos pelas ruas da Medina de Sfax, uma vez que nesta cidade mais a sul a oferta turística é escassa. Como Sfax não é zona turística não fomos incomodados na Medina e acreditem que eles só saíram a ganhar, pois acabamos por comprar lá coisas ao contrário de Sousse !

Sahara 9 e 10/04- 2ª Parte

Dia 2: Chot El Jerid • Chebika • Tamerza • Kairouan •

3h40 despertar: o check-out era às 4h e o pequeno almoço às 4h30, só para terem uma ideia dos sacrifícios que fazemos para passear…:) sim, porque se fosse para trabalhar “o tanas” que se levantavam… :)

O objectivo era ir ver o nascer do sol a “Chott El Jerid”, o lago salgado. Estava um frio de rachar, andamos 1h30min de autocarro e depois tivemos de parar à pressa… pois aqui em África tanto o nascer como o pôr do sol é um processo de “piscar de olhos”. Saiu toda a gente disparada (pronto exagerei um bocadinho..acham por acaso que entorpecidos do sono...dava para correr?:)) do autocarro para tirar fotos. Claro que mais uma vez os “tristes” tiveram de poupar… mas lá se improvisou qualquer coisita... :) Bonitinho, mas apressadinho, assim o classifico! Houve quem se entusiasmasse e descesse a ravina até à borda do lago, mas o entusiasmo terminou com pés molhados, enlameados e queda de uma das meninas espanholas…:) Foi um espectáculo digno de se ver...principalmente porque estava naquele horário de ”não me chateiem que estou capaz de morder!” :) Obrigada Espanha. Foi lindo!

Uma pequena curiosidade: no lago salgado, principalmente no pino do verão, com o sol a bater nos cristais de sal, dá-se o fenómeno da “miragem”...ou seja... se forem a “Chott el Jerid” no Verão é natural que vejam coisas que não existem, como caravanas de camelos a atravessar o deserto.

Chebika: Um dos oásis mais conhecidos e visitados da Tunísia. Para lá chegar fomos divididos em grupos de 6 pessoas e distribuídos por jipes todo o terreno*. Visitamos o que resta da aldeia original (destruída nas cheias de 1969), o oásis e as lindas quedas de água. Aqui vi pela primeira vez os animais do deserto vivos em caixinhas de vidro para levar como souvenir!:) Que tal um cão, um gato, ou mesmo um peixe, algo mais inofensivo, não? Porque aqui claro que as bichezas vêm com todo o veneninho. Ah e os facões que é típico ver-se nos filmes do deserto… - Estou a imaginar a ter de abrir mala na alfândega…:) Foi bonito…mas como estava com pressa não tive tempo de regatear preços e fui um pouco roubada…

*Jipes todo o terreno: a viagem foi emocionante e o nosso “berbere” era um porreiraço !:) Mas cintos de segurança aconselham-se!) Falava todas as línguas e sabia dizer “Tudo fixe” em português… lol… outros tugas que transportou com certeza…

Tamerza: 3000 camelos, 2 cabras, mais não sei o quê… não é de deitar fora não...e com a crise que vai no país…mas o meu noivo achou que apesar de tudo mais valia sustentar-me a mim que a tanta bicharada junta... :) E aqui vi pela primeira vez enroladinha no meio da areia, dentro de um frasco transparente, uma cobra do deserto...e com cornos! Aquela coisinha aparentemente inofensiva fazia arrepiar, acreditem! Foi ai que me lembrei que berberes do dia anterior, que nos levaram até portas do deserto iam com chinelas abertas… digam lá se não se trata de um povo arrojado! :) Ah valenteS! Lol Diria mais inconscientes, mas pronto…

Assim nos despedimos de Tamerza e das suas quedas de água, a cerca de 4km da fronteira com a Argélia (o verdadeiro gueto) e rumamos em direcção a Kairouan.

(Algures por aqui ainda fizemos um pequeno tour de caleche para visitar o jardim botânico onde predominava a plantação de palmeiras - “Palmeiral”- cujo fruto são as tâmaras).

Kairouan: foi quase de passagem, pois só saímos para ver como se faziam tapetes artesanais numa loja recomendada e nessa mesma loja (claro que estratégia para ver se comprávamos alguma coisa...espertos…não perdem a oportunidade) subimos ao terraço para ver a grande mesquita de longe! Foi aqui que o guia disse que: Ir 7 vezes a Kairouan equivale a ir 1 vez na vida a Meca”, claro está que tal como muitos praticantes interpretam à sua maneira a religião, também aqui houve quem interpretasse que assim sendo, teria direito a 7 virgens no paraíso (mas este era ganancioso, queria 70!;)). Desenganem-se os machos, porque só é válido para quem pratica boas acções! LOL Pratiquem o bem e logo se verá!